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Mulher na História: Sujeito (in)visível?

Você já se perguntou quem escreveu a História que aprendemos? Como são escolhidos os eventos e os personagens considerados importantes? Se não fizermos essas perguntas, acabamos tomando como natural uma História notadamente escrita por homens brancos, heterossexuais e cisgêneros.



Deixamos, assim, de reconhecer esse processo histórico como arbitrário e baseado no silenciamento de outras Histórias: das mulheres, de pessoas não-brancas e pessoas LGBTQIAP+. Como escreveu a antropóloga e filósofa Lélia Gonzalez, “ao nos impor um lugar inferior no interior de sua hierarquia (apoiado em nossas condições biológicas de sexo e raça), suprime nossa humanidade justamente porque nos nega o direito de ser sujeitos não só do nosso próprio discurso, mas de nossa própria história.”


Sendo assim, são as mulheres sujeitos invisíveis na História?


“Por muito tempo na história, ‘anônimo’ era uma mulher.” (Virginia Woolf)


“Será que as mulheres têm uma história?” escreve a historiadora Michelle Perrot. “A história é o que acontece, a sequência dos fatos, das mudanças, das revoluções, das acumulações que tecem o devir das sociedades. Mas também é o relato que se faz de tudo isso.”


As mulheres nunca deixaram de fazer história. Contudo, “ficaram muito tempo fora desse relato, como se, destinadas à obscuridade de uma inenarrável reprodução, estivessem fora do tempo, ou pelo menos, fora do acontecimento,” e Perrot finaliza: “Confinadas no silêncio de um mar abissal.”


Mulher na História: Sujeito Visível


Como podemos então resgatar as Histórias que foram abandonadas através do tempo? E, assim, nos tornarmos protagonistas das nossas histórias; passadas, presentes e futuras? Comecemos pela educação.


Através do acesso a outros saberes e do diálogo com pessoas de diferentes vivências, aprendemos também sobre nós mesmas e podemos construir um conhecimento histórico que valorize todas as experiências e as culturas. Afinal, como escreveu Michelle Perrot, “Escrever a história das mulheres é sair do silêncio em que elas estavam confinadas.”




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